Marvel Guardians of the Galaxy

Esse jogo é lindo, o diálogo é incrível e muito bem escrito. É impressionante como as conversas incidentais funcionam bem e quiser nunca repetem, parecem amigos conversando e falando besteira. E aí tem o combate, que é muito mais complicado do que precisava. Algumas vezes nem da para entender o que está acontecendo na tela, muito menos o que você deveria fazer. Eu provavelmente jogaria de novo se pudesse pular o combate.

Nonogram.com

Normalmente só escrevo aqui quando termino o jogo, mas como esse jogo nunca termina, já que sempre tem fases novas, acho que já está na hora de falar sobre ele.

“Nonograma” ou Picross é um tipo de quebra-cabeça, que fica entre o sudoku e as palavras cruzadas. Ele usa números como o sudoku, mas as dicas estão fora do quadro, como mas palavras cruzadas. O objetivo é colocar o número de quadrados que está antes de cada linha e coluna. Quando está tudo preenchido, se forma uma imagem.

Para mim, tem sido um excelente jeito de relaxar por alguns minutos, esquecer de tudo e só desenhar uma imagem.

Alba

Acho que ninguém pode acusar a ustwo de não tentar coisas diferentes. Depois do sucesso enorme de Monument Valley, eles fizeram o ótimo, apesar de curto, Assemble With Care. Agora, vem o Alba que é uma história de uma criança visitando os avós. A arte é ótima, e me lembrou bastante o A Short Hike, por causa da exploração e do plot ser basicamente o mesmo. O problema que eu tive com Alba é que ele se esforça demais para ser um jogo, então tem objetivos e side quests, e você precisa responder sim ou não durante conversas. Teria sido muito melhor se você pudesse simplesmente explorar a ilha no seu tempo sem as interrupções

Abzu

Criado por um dos roteiristas e o compositor de Journey, fica fácil de ver a inspiração do clássico de PS3 nesse novo jogo de exploração submarina. O jogo é lindo e lembra muito as cenas de voo e a sensação de liberdade e exploração.

Resolvi jogar agora por causa da iniciativa excelente da Sony chamada Play at Home que disponibiliza de graça uma série de jogos. Não é necessário ser assinante do PS Plus ou qualquer outra assinatura para baixar os jogos

Kelvin and The Infamous Machine

Google lançou recentemente a sua versão do Apple Arcade, chamado Google Play Pass, com as mesmas condições: 10 reais por mês, uma seleção de jogos disponíveis e sem propagandas, microtransações ou qualquer outro tipo de pagamento. Isso com certeza incentiva experimentar jogos sem ter que se preocupar em gastar com cada um e ter só algumas horas para pedir o dinheiro de volta e etc. Fator que me levou à Kelvin and the Infamous Machine, lançado em 2013, mas acho que se sentiria muito mais à vontade nos anos 90, com os adventures da Lucas Arts e Sierra. Infelizmente, Kelvin aparenta ter aprendido as lições erradas do gênero, com o humor constrangedor e os puzzles bizantinos e goldbergianos me fazendo ir para um walkthrough a cada par de passos. Talvez os próprios Adventures consagrados como Monkey Island e Day of the Tentacle não se dessem muito bem hoje em dia, porque a dificuldade das tarefas, como colocar um roedor no microondas para secá-lo é o que dava a duração extendida do jogo.

Spiderman: Miles Morales

Uma excelente continuação no tamanho certo para quem queria um pouco mais do Homem Aranha do PS4. Aliás, o combate ficou bem melhor com os poderes novos, dando uma fluidez maior entre os combos e ataques especiais. Foi muito interessante ver elementos claramente trazidos do filme do Spiderverse, mas com uma leitura própria e consistente com o jogo anterior

Another World

Ou como eu conhecia quando joguei pela primeira vez “Out of this World” porque aparentemente os EUA tem um costume de mudar o título das coisas, mesmo quando já estão em inglês.

É completamente embasbacante como esse jogo envelheceu bem e tem coisas que são tentadas até hoje, como uma junção contínua entre cutscenes e jogo. Tudo isso feito em 1991, quando outros jogos ainda estavam pensando em mascotes e plataformas. Ainda por cima, uma história incrível

Hades

Se uma ideia me parece muito boa, eu estou disposto a tentar, mesmo que o jogo não seja num estilo que estou acostumado, ou que eu goste bastante. Foi o que aconteceu com o Sekiro, que não deu certo, mas aqui está funcionando bem, com talvez meu outro ponto fraco: Mitologia grega.

Hades, é um “rogue-lite”, ou seja, vc anda em dungeons, pega armas e poderes e quando morre, tem que começar tudo de novo. Mas tem algumas diferenças:

  • você só perde as armas e poderes. Dinheiro, experiência e alguns bônus são permanentes
  • existe um opção chamada “god mode” que faz com que você leve menos dano a cada vez que você morre

Eu tenho comparado bastante com o Dead Cells, que tem um estilo muito parecido, mas é razoavelmente mais difícil.

Uma outra coisa que tem ajudado bastante é que não só o fato de você morrer e voltar sempre está embutido na história, como em Dead Cells, aparentemente tem uma história completa que você vai descobrindo aos poucos e toda a vez que você morre, tem diálogos novos com vários personagens e de vez em quando cenas com outros personagens. É impressionante como tem sempre coisas para você conversar e desenvolver com os personagens.

Carrion

Que tal se ao invés de ser uma pessoa caçando monstros como na grande maioria dos jogos, você fosse o monstro caçando as pessoas? Ou dito de uma outra form: e se fizessem um jogo só com a parte final de Inside?

Carrion é uma resposta para essas perguntas, se talvez não a melhor resposta. O começo é extremamente divertido e os sons são incríveis, vc realmente se sente o monstro que foi preso por tempo demais e agora vai extravasar sua vingança nesses pobres mortais. O problema é que os controles nem sempre ajudam, e um mapa e um pouco mais de direção com certeza ajudariam horrores. Ainda assim, bastante divertido e mais uma prova que a Devolver Digital sempre traz algo interessante. Nem sempre bom, mas sempre algo diferente.

Ghost of Tsuhima

Eu sempre tive uma queda por essa ambientação do Japão feudal por algum motivo, cheguei até a comprar o Sekiro, que é uma versão do Dark Souls nesse ambiente, mesmo não achando nenhuma graça nesses jogos “brutais”, “massacrantes” e etc. E não consegui jogar mais do que algumas semanas.

Ghost of Tsushima, por outro lado, é tudo que eu queria e não sabia que precisava. A arte é linda, folhas de outono caindo ao seu lado, duelos incríveis, que você pode ter com basicamente qualquer bandido na ilha. Até coisas monótonas como pegar todos os colecionáveis do jogo, ou ir atrás de todos os “bandid camps” são atividades prazerosas graças ao combate fluido, essa mecânica ótima do duelo, e sair seguindo raposas pela relva.

Obviamente, ele peca em alguns detalhes por causa da tal “imersão”: não trava a câmera no inimigo, não tem mini-mapa e o HUD desaparece mais rápido do que eu gostaria, o que faz com que rever os objetivos fique um pouco mais complicado às vezes.

Ainda assim, é um jogo belissimo e que leva você a esse fantasioso mundo de Samurais, honra e lutas coreografadas.