Corpo Público

Um desses quadrinhos que são desconfortáveis, mas é importante ler. Mostra o quanto o corpo da mulher não é decisão dela e sim imposto por outras pessoas e pela sociedade. Por isso o título faz tanto sentido. Vale a pena ler

Placas tectônicas

Quadrinho muito bem humorado sobre o cotidiano de uma ilustradora e seus problemas e desafios com uma filha pequena, separações, novos amores outras chacoalhadas da vida

Pele de Homem

Como que eu não li isso antes? Ficou pegando poeira aqui por semanas, desde que comprei na megafauna. Um brilhante estudo sobre a diferença da mulher e do homem na sociedade e como ainda existe repressão e preconceito impedindo a exploração da nossa identidade e o que nos faz feliz. A arte consegue ser simples e só mesmo tempo expressiva. Genial

Lupin parte 2

Mais uma série que assisti com minha mãe. Suspense muito bem escrito, bem humorado e com o genial Omar Sy no comando

Dix pour cent

Comédia francesa leve e muito bem escrita sobre os problemas de lidar com atores famosos e suas mudanças de humor contantes. De brinde, temos aparições como Monica Bellucci e Jean Reno

100 quilos de Estrelas

Dirigido por Marie Sophie Chambon
Escrito por Anaïs Carpita e Marie Sophie Chambon
Com Laure Duchene, Angèle Metzger, Pauline Serieys, Zoé de Tarlé, Isabelle de Hertog e Philippe Rebbot

Como sempre o cinema Francês traz uma delicadeza e suavidade para falar de assuntos que poderiam passar batido. Aqui temos uma garota que sempre foi apaixonada pelo espaço, mas é desencorajada desde sempre a ser astronauta, simplesmente por que ela não tem um corpo de Barbie.

Para piorar a situação, ela frequentemente passa mal, porque não come, porque sempre acusam ela de ser gorda e obviamente gordo tem o corpo que tem porque é folgado e como o tempo todo não é mesmo?! Então, ela faz o que a sociedade pressiona e não come e passa mal. Volte para o primeiro quadrado e comece de novo.

Ainda assim, Lois encontra amigas que a apoia e que juntas vão para o concurso da CNES que premiará uma pessoa a um vôo em gravidade zero, para dar aquele gostinho de viagem espacial. Um road movie, com mais balanço e ainda sim emocionante e carinhoso

Os Miseráveis

Escrito em 09/02/2020

Eu fiquei evitando esse filme por um bom tempo, porque achei que era mais uma adaptação da história do Victor Hugo, que eu nunca assisti, pois normalmente não gosto de “drama”. Então, quando finalmente li a sinopse do filme, fiquei gratamente surpreso, já que gosto bastante do cinema francês contemporâneo.

É um filme forte e sem romantização sobre os conflitos de gangues que acontecem no bairro que é local da tal história do Hugo. Mostra não só como o bairro é dividido entre ciganos, negros e muçulmanos e como a polícia é parte do problema, com abuso de poder, violência e conluio com certos grupos. Mesmo a comandante da equipe “anti-crime” que deveria ajudar o bairro, abusa de seus funcionários.

É um filme brutal do começo ao fim, mostrando que não é necessário mostrar sangue e tripas para evidenciar a violência que acontece por lá.