Um dos jogos mais emblemáticos de maneira geral e especificamente da série Final Fantasy, o Remake teve um pouco de controvérsia quando os desenvolvedores pediram para ninguém soltar spoilers do jogo, o que deixou muitas pessoas pensando: “Como é possível ter spoilers de um jogo de mais de 20 anos atrás?”, até que as pessoas começaram a jogar o Remake e perceberam que tem um jogo de palavras muito interessante e talvez até malicioso em chamar esse jogo de Remake.
Outro fato importante, e que talvez tenha sido um dos fatores principais para eu não ter gostado tanto dessa versão é que o diretor é o mesmo de Kingdom Hearts 3, Tetsuya Nomura, e pode se ver claramente o estilo do KH3 aqui. Há de novo espíritos sem coração atrapalhando os heróis, mas aqui se chamam whispers e procuram impedir que o destino seja alterado.
Eu compreendo que talvez fosse difícil passar vários anos, talvez mais de 10, pelo ritmo das coisas, simplesmente recriando uma obra que nem foi escrita por ele, e naturalmente Nomura quis dar seu traço há uma obra em que ele investirá tanto tempo e esforço e não deixa de ser interessante o quanto esse jogo conversa diretamente com seu antecessor de 1997. Mas ainda assim, é uma pena que algumas cenas icônicas de 97 sejam apenas mostradas em cortes rápidos, flashbacks ou talvez nem sejam mostrados nas novas sequências, já que o jogo atual cobre apenas o início da história.
Outro fator que me incomodou foi o combate que parece indeciso entre ser em turnos ou em tempo real: os ataques normais são em tempo real, e vc precisa se esquivar dos ataques do inimigos, mas os especiais invocam o menu clássico e há a chance de você errar o golpe, pq o inimigo andou nos 5 segundos de animação do golpe. O que é completamente frustrante. Aparentemente, combate em turnos não é “realista” e caiu em desuso, mas qualquer jogo não precisa ser realista, precisa ser divertido, precisa passar a ilusão de que aquilo tudo podia acontecer, sem tirar a graça das coisas, de realismo basta a vida real.