O Esquadrão Suicida

Será que Hollywood está dando sinais de que talvez esteja aprendendo alguma coisa? Porque parece que finalmente perceberam que se você chama um diretor bom e dá liberdade para ele fazer o que faz melhor, você tem grandes chances de ter um filme bom.

É definitivamente o que aconteceu com esse filme: James Gunn, que ficou famoso recentemente pelos dois filmes dos Guardiões da Galáxia, agora faz uma versão mais violenta com personagens da DC, mas que também gira em torno de vários personagens e como eles interagem. E temos até um pouco de uma redenção para personagens do filme anterior de Ayer, como Bumerang e Rick Flag.

Um ótimo espetáculo para assistir na tela grande, se você encontrar uma sala que tenha as medidas de segurança e distanciamento. Ou assistir no HBO Max

Aves de Rapina e a Fantabulosa história de emancipação de uma Harley Quinn

Assisti ontem essa continuação da Arlequina e foi realmente tudo que prometia: um bom filme de ação, muito divertido e com personagens bem interessantes. Com a Warner tendo desistido dos seus sonhos de universo compartilhado e de ter “um pedaço do bolo” da febre dos filmes em série, o que temos são um espaço com muito mais liberdade para cada um ser sua própria coisa. Tem funcionado bem, desde que decidiram isso: Mulher Maravilha, Aquaman, Shazam, Coringa e agora Aves de Rapina.

O filme tem um ritmo muito bom, tendo aprendido todos os erros cometidos em Esquadrão Suicida, e apresenta os personagens no momento certo, com flashbacks bem programados. Se alguém tinha alguma dúvida de que Margot Robbie é uma excelente atriz, esse filme mostra que mesmo quando ela está se divertindo, consegue dar uma performance ótima. Uma outra grata surpresa é Mary Elizabeth Winstead, que faz o papel da assassina fechada, com passado trágico e desejo de vingança e simplesmente não consegue fazer seu discurso soturno sem ser interrompida, quebrando qualquer chance de seriedade.